Eis que Carolina encontra-se em uma palestra em San Rafael, cidade de Marin County, baia norte de San Francisco, quando um caminhao comeca a passar na rua em frente. Ou melhor, a sensacao era de que isso estava acontecendo, porque o chao da sala do predio onde eu estava tremia forte e no ambiente se escutava aquele barulho tipico: brbrbrbrbrbr.
Depois de alguns segundos, comecei a pensar que esse tal caminhao devia ser MUITO pesado... e lento! Alem disso, um forte ponto contra a teoria do caminhao, era que a palestra estava sendo ministrada em uma sala nos fundos do predio da A street.
A duvida acabou quando a palestrante, bem tranquila, fala: "Ah, eh um terremoto. Esse deve ter sido 4.1". Como assim?! Entao, eu e minha fiel escudeira mineira Raquel, arregalamos nossos pequenos olhos e disparamos - num quase inicio de surto de panico: "Como assim?? Terremoto? O que a gente faz? Vai pra debaixo da mesa? Fica debaixo da porta??".
- "Nao nao, nao faz nada, jah passa.", essa foi a resposta.
Nesse meio tempo veio outra chacoalhadinha (meio liquidificador), mas essa mais pra temblor*, como se diz em espanhol (aqui nos EUA a gente desenvolve tanto o ingles quanto o espanhol). Nessa hora, cheguei a pensar para onde poderia dar aquela corridinha basica, tipo "sebo nas canelas, pernas pra que te quero...". Mas... parou.
A palestra continuou por mais uma hora a fio. Depois, saimos do predio e a A street continuava a mesma. Os predios continuavam todos nos seus devidos lugares. E no trabalho, na manha seguinte, os comentarios eram como quando temos um temporal na noite anterior aih no Brasil... "Sentiu esse? Nao, tranquilo, dessa vez soh os vidros das janelas que fizeram barulho."
People, places, life.
*Temblor eh tipo um terremoto mais levezinho. Mais "levianinho", como diria a minha avo.
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